quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Quintana, Amigo Velho


Este doce senhor aí em cima é meu amigo velho Mário Quintana. Outro dia, um amigo novo chamou-me a atenção para a ausência do meu outro amigo no blog. O que ele não sabia (o amigo novo) é que o Quintana é mesmo meu amigo.
Estas mãos enrugadas que seguram a bengala já seguraram a mão desta menina que não cresceu. Sim, fui tocada por este anjo. Lembrança dele? Não tenho, a memória ainda era a de criança que só guarda a magia. Lembro-me sim de um velhinho simpático que me levava a tomar sorvete na Rua da Praia, que morava no hotel dos parentes do meu pai, que minha lembrança de criança transformou em um castelo, com princesa na torre e tudo. Mas não lembro do «poeta».
Talvez tenha sido melhor assim... guardo a sua ternura e o seu olhar, seus escritos agora fazem parte da minha vida.
Tenho um Pé de Pilão em que ele diz:
«À amiguinha nova Aline, do amigo velho Mário Quintana»... amigo velho? Não... amigo sempre, amigo que virou estrela e brilha na minha estante, na minha mesinha de cabeceira, na minha vida.
Gosto de pensar que me deixou uma estrelinha, que iluminou as letras e construiu um brilho especialmente para mim.
Divido com vocês o presente que é de todos, mas que gosto de pensar que é só meu...

Das utopias
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!

4 comentários:

  1. Ai Aline, que lindo e que sorte tivestes de conhecer essa criatura encantada. Sou absolutamente apaixonada pela poesia dele. Para mim ele é o grande poeta das pequeninas coisas.Hojé ele já é estrela, sim. Beijo de Lili.

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  2. Aline, esse sábio senhor que brincava como uma criança.
    Era uma vida simples. Pegava os mistérios e costurava as estrelas...
    Adorei.
    Abraço imenso,
    Verônica

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  3. Aline querida,

    Mário Quintana segurou tua mão de menina para deixar contigo a sua varinha de condão que transforma palavras em poesia. Feliz 2007!
    Grande abraço,

    Conceição.

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  4. Que lembrança mais linda ...para a vida de uma poetisa....ter tido as mãos pequenas de menina, serem conduzidas por um nobre anjo, que recebeu um dom tão divino....e que ao invés de conduzí-la às letras, conduziu-a à sorveteria! Que nobre atitude, certamente suas mãos tinham o olhar clínico, e assim viu em você o mesmo ar de poeta, que ele contemplou ao olhar-se no espelho....ainda menino!
    Beijo de Fatima

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