quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Ainda em viagens - Utopias





Já falei sobre viagens do pensamento, mas há uma viagem ainda mais profunda, que é a viagem da alma, do espírito. Nesta viagem, não só visitamos lugares fantásticos, mas também nos transportamos para um não-tempo, um não-espaço, onde qualquer coisa pode acontecer.
Viajando com a alma, vivemos outras vidas que estão latentes em algum lugar dentro de nós. Experimentamos sabores e emoções que nossa auto-crítica nos desencoraja, por sermos susceptíveis a convenções e normas desta sociedade dura e seca em que vivemos.
Nesta viagem, podemos chegar ao final do arco-íris e encontrarmos o pote de ouro. Podemos olhar pela nossa janela e, no lugar do prédio ao lado, vislumbrar uma paisagem paradisíaca, surreal, até.
Viajar com a alma é sonhar, é ter utopias. Utopias, sim, por que não??? Imaginar situações e lugares e entes fantásticos! Ou, quem sabe, sonhar um mundo sem guerras, sem fronteiras, como um dia sonhou John Lennon? E, já que estamos neste caminho, criar um novo verbo, que será a meta das almas cansadas que andam por este mundo??? Criaremos, então, o verbo «UTOPIAR», verbo transitivo directo, porque exige um complemento, significando «sonhar mais alto, transcender a barreira do sonho» - Utopiaremos sem medo do ridículo, discutiremos nossas utopias nas mesas dos bares, nas praças, nas salas de aula e chegará um dia que as utopias serão tema de debates nos congressos nacionais, na ONU, quem sabe…
E assim, utopiando, talvez consigamos aquele mundo sem fronteiras, sem guerras, um mundo onde reine a compreensão, porque a principal utopia será a do respeito mútuo!

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