Narrado por Sócrates no início do livro VII da República, o Mito da Caverna é também conhecido como «Alegoria da Caverna», pois é um construto utilizado pelo personagem Sócrates para ilustrar algo, neste caso, a teoria das Idéias de Platão.
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
Mito da Caverna
Narrado por Sócrates no início do livro VII da República, o Mito da Caverna é também conhecido como «Alegoria da Caverna», pois é um construto utilizado pelo personagem Sócrates para ilustrar algo, neste caso, a teoria das Idéias de Platão.
terça-feira, 26 de setembro de 2006
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Passeio à Savana - o complexo turístico
Portal de entrada / saída do complexo - vê-se o canal e a outra margem, de onde nós partimos.
Confessem - esta foto está lindíssima!!! (Eu, modesta? Imagina...)
novamente, com o manguezal junto à praia.
Passeio à Savana - a praia
Passeio à Savana - a chegada
Preparando-se para embarcar - vista do estacionamento.
A caminho do barco - pisando no mangue... na volta, com a maré alta, atracaremos lá em cima - todo este caminho desaparece.
Hehe!!! Euzinha, com o pé na lama! Mulher corajosa é assim... nem atolada perde a pose!!!
Nosso destino, visto do barco... Terra à vista!!!!!
Passeio à Savana - a ida II
Passeio à Savana - a ida
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
Repente dos guaipecas
Repente dos guaipecas – Guri Tenebroso X Piá Perigoso
Eu sou o Piá
E estou chegando pra arrasar.
Pequeno, mas corajoso,
Eu sou mesmo perigoso!!!
Ei, Piá, não vem, não…
Que aqui quem manda é o Gurizão
Não adianta seres perigoso,
Porque eu sou é mesmo tenebroso!!!
Tá bom, Guri, faço que acredito,
Mas a mãe e o pai já tinham dito
Que eu sou criança indefesa,
Não adianta vir com essa enorme presa!!!
Criança indefesa, até parece…
Teu tempo chega, não te esquece
Que filhote também cresce
E esperar muito, nem carece!!!
Sou criança, filhote, brinco sim,
E espero que tenhas amor por mim,
Mesmo crescido, és meu irmão
E já moras no meu coração!!!
Vamos, então, fazer as pazes agora,
Porque entre bichos o amor não demora,
Temos a alma pura, carinho de graça,
E pra isso, nem precisamos ser de raça!!!
terça-feira, 19 de setembro de 2006
Brecht e Portinari - combinação perfeita!
Perguntas De Um Operário Que Lê
(Bertold Brecht)
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilônia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias
Quantas perguntas
...
sábado, 16 de setembro de 2006
Nova poesia (ou poesia nova)
CALMARIA
Conceição Pazzola
Na casa vazia ao sol clamei
Por luz e calor esquecidos
Em portas e janelas fechadas
Há muito tempo perdidos
Na casa vazia em vão busquei
Por um brilho de teu olhar
Nem as estrelas fulgurantes
Com mil fagulhas radiantes
Poderiam se equiparar...
Clamei na casa vazia, esperei!
Indícios de risos aconchegantes
Nem as musas de belas canções
Com suas vozes mais delirantes
Devolveriam ao seu lugar
Na casa vazia ainda uma vez...
Anseio pelos passos e abraços
Daqueles a quem tanto amei.
Nem os sons mais suaves
Mostraram o mais leve traço
Pela casa vazia ecoa a pergunta
Onde se perderam os meus laços?
Encontro o céu de nuvens juntas
São elas as moradas esparsas?
Procuro agora a fórmula mágica
Capaz de levar-me ao espaço...
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Anjos atraem anjos - para meu amigo OP
Bom… eu tenho muitos anjos a minha volta, uns estão mais perto, outros mais longe, mas todos permanecem ao meu lado, não importa a distância que nos separa.
Este é pra ti, meu amigo anjo! Segue em frente, porque estás na estrada certa! Atraíste mais anjos para o teu lado!
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
Aquela viagem...
O Trem Comboio d'África
O trem da África corre devagar
E entre savanas e praias
Vai deixando seu pesar
Da janela eu assisto
O Guri pedindo osso
E o Piá gritando por mamá
Rebentos felizes
Vêem o trem passar
Enquanto as pobres perdizes
Choram seu destino
De não ter ossos para pedir
Nem mamá para gritar.
E o trem comboio segue
Sua marcha arrastada
Deixando pela estrada
O apito rasgador
E avisa a toda a gente:
Esperança é fruto de sabor!
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
Ainda em viagens - Utopias
sábado, 2 de setembro de 2006
As Viagens
Outro dia, assistindo ao canal da National Geographic - que para facilitar a pronúncia dos falantes do português virou NatGeo - chamou-me a atenção o anúncio de um programa que dizia: viagem sem fazer as malas, sem sair do lugar... é um programa que leva os espectadores para os lugares mais fantásticos do planeta através das imagens...
Também se pode viajar ao ler um livro. A imaginação combinada com as referências que o autor faz a certos lugares - quiçá até imaginários - sempre nos transporta como se não existissem barreiras físicas!
Mas há aqueles vajantes do pensamento, aqueles que conseguem, além de visitar os lugares, entendê-los, respirá-los, somente através do pensamento.
E é dentro desta incrível viagem que encontro um poeta-prosador moçambicano, o Adelino Timóteo. Ele faz a nova «literatura de viagens». Tenho comigo seu último livro, que se chama «A Fronteira do Sublime», onde o autor «viaja» e descreve a cidade de Veneza. Em curtas poesias em prosa, Timóteo revela peculiaridades que só um visitante muito atento e sensível conseguiria captar naquela cidade italiana. O interessante é que ele nunca lá esteve.
Abaixo, transcrevo o poema em prosa de abertura deste livro. Se gostarem, podem pedir mais...
1.
Veneza atracada em meu peito. Uma Veneza em mim, com seu ténue perfil efeminado. Está ali. Esperneia-se. Chove-se-lhe o lago que quer que o toque. Uma Veneza em meu leito. Demora-se a olhar-me. Há uma Veneza em mim, algo que seja, pássaro, mulher numa ascensão em cidade, ao mar, verde, azul, uma rosa em seu parco reluzir de oiro. Uma Veneza que é a matéria vil, emerso botão de alegria, emerso círculo de jóias que não disponho, uma Veneza há em mim, às quatro dumas paredes do quarto, ao vivo, ao Sol dos astros candentes opondo-se-me ao vivo. Veneza. Uma Veneza em mim. Perfume empacotado do Oriente. Eis que experimento as suas formas ovais, as planas sobre as digitais, ao leme, à polpa para a aventura. Sigo-lhe as ondulações, as vagas, as vertigens, a ternura. Grão a grão. Gota a gota. Sigo-lhe à intuição amorosa. Pantera, Panda, seu instinto. Entro-lhe. Só com os olhos. Delicadamente, em procissão solene.
(Adelino Timóteo in A Fronteira do Sublime - ed. Associação dos Escritores Moçambicanos, 2006)