segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

GAZA... Feliz Ano Velho!

POR QUÊ????????????











PARA QUÊ??????????



ATÉ QUANDO?????????




Hoje sou árabe, sou palestina, sou humana.

Sinto a dor daquele povo oprimido na Faixa de Gaza.
Sinto o desespero das mães ao verem seus filhos mortos.
Sinto o apavoramento da Terra ao ter tanto sangue derramado em seu corpo.

Até quando as pessoas matarão-se assim, impunemente e desalmadamente???

Hoje é na Faixa de Gaza.
Amanhã, sabe-se lá aonde... pode ser no lar de qualquer um!

O mundo precisa cada vez mais de PAZ.

Mas isto são palavras... e palavras não abrandam corações...
(Pelo menos não os corações dos líderes mundiais.)

Em 2008 foi assim... triste e fatídico Ano Velho...

Que em 2009 não precisemos mais perguntar por quê...

Que em 2009, as ações sejam de amor e paz.

Que em 2009 a humanidade faça juz a este nome!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Pensamento do dia

O vento é sempre o mesmo,
mas a sua resposta é diferente em cada folha.
Somente a árvore seca fica imóvel
entre as borboletas e os pássaros.
(Cecília Meireles)

Natal tem tradições mais antigas do que o cristianismo


Mesas generosamente servidas, canções, árvores cheias de luzes e o alegre soar de sinos são algumas características da festa de Natal, uma celebração que não nasceu com o cristianismo, mas tem raízes em antigos ritos pagãos indo-europeus bem anteriores a Jesus Cristo.



A festa mais universal do Ocidente, a comemoração do nascimento do menino Jesus, foi celebrada pela primeira vez, com o sentido de hoje, em 25 de dezembro de 336, em Roma, poucos anos depois de o cristianismo ser adotado como religião do Império.



Contudo, na época, a capital imperial era Constantinopla, onde até o século cinco a Igreja do Oriente celebrou no dia 6 de janeiro o nascimento e batismo do Filho de Deus.

O nome da festa vem do substantivo latino nativistas (nascimento, geração) e este do adjetivo nativus (o que nasce).

Ao longo dos séculos, as dioceses orientais foram adotando o dia 25 de dezembro como data oficial e deixando o 6 de janeiro para celebrar o batismo de Cristo, com exceção da Igreja da Armênia,que até hoje comemora o Natal no primeiro mês do ano.

Sobre as razões para adotar o dia 25 de dezembro como data do Natal, pouco se sabe, mas considera-se provável que os cristãos quisessem na época substituir com o nascimento de Cristo a festa pagã conhecida como natalis solis invicti (festa do nascimento do Sol Vitorioso), que correspondia ao solsticio de Inverno no Hemisfério Norte.

Esta efeméride astronômica coincide com o dia mais curto do ano ao norte do Equador, por volta de 21 de dezembro, início do aumento da duração dos dias e do encurtamento das noites, a época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral.

Uma vez que a Igreja Oriental adotou a data de 25 de dezembro como Natal, o batismo de Jesus começou a ser festejado no Oriente em 6 de janeiro, mas em Roma esta data passou a ser usada para lembrar a chegada a Belém dos Reis Magos, com presentes de ouro, incensos e mirra, que em alguns países católicos é celebrada com a distribuição de presentes para as crianças.

Há uma considerável influência nestas tradições o fato de a celebração coincidir com as datas de antiquíssimos ritos pagãos com origem agrícola, que acontecem no começo do inverno.

Sendo assim, o Natal recebeu elementos da tradição latina de Satumália, uma festa alegre e de trocas de presentes, que os romanos costumavam celebrar em 17 de dezembro, em homenagem a Saturno.

O dia 25 de dezembro também era a festa do deus persa da luz, Mitra, respeitado por Diocleciano e que inspirou gregos e romanos a adorar Febo e Apolo.

O certo é que o dia de Natal foi fixado oficialmente no ano de 345 quando as instâncias de São João Crisóstomo e São Gregório Nacianreno estabeleceram o dia 25 de dezembro como data de nascimento de Jesus Cristo.

Cumpria-se assim uma vez mais o costume da Igreja primitiva de absorver e dar nova forma aos ritos pagãos, em vez de rejeitá-los ou proibí-los para poder angariar mais seguidores para sua nova crença.

No Ano Novo, os romanos decoravam suas casas com luzes e folhas de plantas, dando presentes às crianças e aos pobres, num clima que hoje seria chamado de natalino e, apesar do ano romano começar em março, estas tradições também foram incorporadas à festividade cristã.

Por outro lado, com a chegada dos invasores teutônicos à Gália, à Inglaterra e à Europa Central, ritos germânicos mesclaram-se com costumes celtas e foram adotados por parte dos cristãos, tornando o Natal praticamente desde o começo uma celebração regada a muita bebida e comida, com chamas, luzes e árvores decoradas.

Na Idade Média, a Igreja introduziu as canções temáticas. O Natal que se celebra hoje é, por isso, fruto de um milênio cristão em que as tradições gregas e romanas se conjugaram com rituais celtas e germânicos e com liturgias de antigas religiões orientais.

Posteriormente, o personagem de São Nicolau, o velhinho barbudo e vestido de pesadas roupas vermelhas, inspirou a representação do atual Papai Noel, personagem generoso e adorado pelas crianças.

Já a tradição de celebrar o Natal ao redor de uma árvore carregada de enfeites e luzes multicoloridas é um costume de vários séculos entre os povos cristãos, mas sua origem não é em absoluto cristã: surgiu entre povos pagãos escandinavos e germânicos que, posteriormente, se converteram na Idade Média.

Mas o hábito de usar uma árvore de folhas douradas como símbolo da fertilidade e vida eterna é muito anterior a estes povos, que o adotaram após a chegada na Europa de antigos costumes orientais.

De qualquer forma, foram primeiro os germânicos e depois os escandinavos que criaram a tradição de celebrar o Ano Novo colocando uma árvore na porta de casa ou dentro dela, com a finalidade de afastar os demônios durante todo o ano.

A árvore de Natal tal como a conhecemos hoje é bastante posterior a estes antecedentes. Provém de uma tradição medieval da Alemanha cristã, que consistia em colocar em casa, no dia 24 de dezembro, uma árvore na qual se penduravam maçãs para remeter à árvore do paraíso, da qual Eva tirou o fruto proibio para oferecê-lo a Adão.

Atualmente, o Natal superou as fronteiras do mundo cristão e a sociedade de consumo, com sua avalanche de presentes e comidas diversas, fez com que fosse esquecido parte do seu significado original, embora o ato de presentear sempre seja um gesto agradável independentemente das circunstâncias.


(in Diário de Moçambique, 25 de dezembro de 2008, p. 17).

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Pensamento do dia


Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.

(Sigmund Freud)

A aranha e a teia


«Darwin gostava de aranhas. Foi a observação, no Brasil, de uma luta entre uma vespa e uma aranha (ganhou a vespa) que o terá levado à idéia de sobrevivência dos mais aptos. Há, também, aranhas e teias metafóricas. Pessoa escreveu um poema, 'A aranha do meu destino / - Faz teias de eu não pensar / Mais apto será, então, quem conseguir ganhar o destino'».


Carlos Folhais, físico e diretor da Biblioteca da Universidade de Coimbra, concluiu o comentário da seguinte forma:


«É feia a aranha e bonita a teia?»


E deixa Alberto Caeiro responder:


«Ambos existem, cada um como é


(Rui Cardoso, in Rev. Única, Jornal Expresso, 8 nov/08, p. 09 - O que vê nesta imagem?)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Pensamento do dia - Natal




O Natal começou no coração de Deus.

Só estará completo quando alcançar o coração do Homem.

Desabafando...

Amigos, desculpem… tenho que extravasar esta revolta…

Não consigo mais sentir o Natal como sentia quando era criança. Não consigo mais esperar ansiosamente pela noite de Natal…

Tento lembrar de alguma música natalina para cantar ao meu filho e me vem à cabeça um clássico:

Deixei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal

Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
O velhinho sempre vem…

Como é que vou cantar isso para o meu filho? Uma mentira deslavada destas! O velhinho não vem para a maioria arrasadora das crianças. E muitas destas crianças esquecidas pelo “bom velhinho” provavelmente nem saibam o que é Natal, ou o confundam, como algumas que vi ontem na porta do supermercado, como uma oportunidade maior de ganhar algum dinheiro.

E nós, os lembrados pelo Papai Noel, tentamos aliviar nossa consciência com alguma caridade, dando algum dinheiro, uma cesta básica, um presentinho sem valor nenhum.

Um amigo já disse que as pessoas que têm a barriga cheia criam ONGs e instituições de caridade para aliviar suas consciências. É bonito e está na moda fazer caridade. “Ah, eu ajudo uma vez por semana aquela ONG…”.

É tudo muito injusto… as ONGs e instituições não deveriam precisar existir. A miséria não deveria precisar ser discutida e lembrada. O “velhinho” deveria visitar, sim, todas as crianças.

Será que o coração do homem está tão endurecido que Deus já não consegue mais penetrá-lo? Não posso acreditar que esse Deus de Amor e Luz tenha esquecido de tantos filhos.

Por outro lado, a grande contradição… Por quê??? Por que tanto sofrimento e tanta miséria no mundo? Por que tantas crianças perdidas, famintas e sem futuro? Onde está o Amor, onde está a Luz?

Ironias...


Um texto do Neto, diretor de criação da Bullet, sobre a crise mundial. Básico. Na minha opinião, próprio para a época. É para cair na real mesmo...

"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas vimos estas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia."


FELIZ NATAL!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natal 2008


Mais um Natal.


Já corri, comprei os presentes, montei a árvore e programei a ceia.

Pronto. O Natal está pronto, programado e ajustado.

Que tristeza pensar assim, não acham? Ainda bem que pensamos diferente, que sabemos que o Natal não é presentes, ceia e champanhe.

Ainda bem que sabemos que o Natal é a festa do amor, da paz, da humildade e, principalmente, do perdão e do agradecimento.

Impressionante ver como nesta época as pessoas ficam mais sensíveis, mais caridosas, mais piedosas. Impressiona mais ainda ver como, logo em janeiro, já nos esquecemos de todos os ideais de amor e de paz. Pensamos é nas contas que ficaram para pagar, na ressaca do Reveillon... e continuamos a nossa vida egoísta, para, no próximo Natal, enchermos nossos corações de mais amor e mais caridade.

Enviamos e recebemos mensagens de Boas Festas, lembrando o espírito do Natal, enaltecendo os bons sentimentos e desejando amor e paz para todo o próximo ano...

Alguém já disse que seria maravilhoso se pudéssemos pegar todos estes bons sentimentos natalícios e colocá-los em potes. A cada mês do ano seguinte, abriríamos um dos potes, para que nosso estoque de bons sentimentos e boas intenções não expirasse logo no dia 01 de janeiro.

Que bom se fosse assim... que bom se na manhã do dia 25 de dezembro desaparecessem das ruas as crianças e os animais abandonados. Que bom se nesta linda manhã, quando estamos reunidos com nossas famílias aproveitando os presentes e preparando aquele almoço especial, desaparecessem da face da terra todas as armas e a paz fosse uma constante. Maravilhoso seria que na manhã de Natal todas as pessoas abraçacem-se como verdadeiros irmãos... cristãos, muçulmanos, hindus, budistas, judeus e todas as pessoas de todas as outras religiões que agora não lembro... brancos, negros, amarelos, pardos, azuis, vermelhos... hetero, homo, bissexuais... enfim, li-te-ral-men-te TODAS AS PESSOAS DO MUNDO, todos considerados FILHOS DE DEUS (ou Alá, ou seja lá o nome que se dá para este ser que é na verdade pura luz e amor e é independente de religião). Mesmo os ateus, que, apesar de não acreditarem, eu acredito que sejam filhos desta LUZ.

Que bom seria que na manhã do dia 25 de dezembro todos realmente se sentissem irmãos... então, não haveria mais tristeza, fome, miséria, maldade...

Que bom seria... mas não é... o mundo não quer, apesar de, cinicamente, durante o Natal, todos dizerem que são irmãos...

Mas, claro, Natal é época de felicidade, de esperanças renovadas, e não vou ser eu que vou estragar isso tudo com pessimismos...

Para todos meus irmãos, de todas as religiões, de todas as etnias, de todas as opções, para meus irmãos chamados irracionais, os animais, para todos os seres vivos deste lindo planeta azul,

FELIZ NATAL!!!

E que, num ano desses, em um 25 de dezembro ou em qualquer outra data, possamos realmente nos abraçarmos a todos!!!

Aline