sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Repente dos guaipecas


Repente dos guaipecas – Guri Tenebroso X Piá Perigoso

Eu sou o Piá
E estou chegando pra arrasar.
Pequeno, mas corajoso,
Eu sou mesmo perigoso!!!

Ei, Piá, não vem, não…
Que aqui quem manda é o Gurizão
Não adianta seres perigoso,
Porque eu sou é mesmo tenebroso!!!


Tá bom, Guri, faço que acredito,
Mas a mãe e o pai já tinham dito
Que eu sou criança indefesa,
Não adianta vir com essa enorme presa!!!

Criança indefesa, até parece…
Teu tempo chega, não te esquece
Que filhote também cresce
E esperar muito, nem carece!!!

Sou criança, filhote, brinco sim,
E espero que tenhas amor por mim,
Mesmo crescido, és meu irmão
E já moras no meu coração!!!

Vamos, então, fazer as pazes agora,
Porque entre bichos o amor não demora,
Temos a alma pura, carinho de graça,
E pra isso, nem precisamos ser de raça!!!

Um comentário:

  1. Aline,

    Vim matar a saudade relendo o poema de Guri e Piá, cheio de ternura e tão parecido com voce.
    Hoje vamos novamente festejar na Fafire Alberto da Cunha Melo pelos seus 40 anos de poesia.
    Grande abraco,

    Conceicao.
    http://mariaescrevinhadora.blog.terra.com.br

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