Flor Noturna
Uma flor nasceu em meu jardim
Até então desconhecida, e inusitada
Pois que tem um cheiro doce de jasmim
Não sendo co'este todavia aparentada
Pois de noite evola outro perfume
E eu diria que de modo até perverso
Assim como essa lua que resume
A doce febre de onde nasce o verso.
Mas logo a senti como uma irmã
Das dores e anseios com que lido
De dia a rescender o meu amor,
Pálida e bela, mas altiva barregã
Que se erguesse do seu leito proibido,
A vagar nua entre os seres de labor...
Às vezes, sem querer, descobrimos uma pérola no meio de um areal. Foi o que aconteceu. Passeando por alguns blogs, clicando em links, descobri os sonetos desta poetisa gaúcha, Alma Welt.
A responsável pelos blogs é sua irmã, Lúcia Welt, também poetisa mas que, num lindo gesto de desprendimento e amor, dedica-se a divulgar a obra da irmã, falecida em 2007.
Os sonetos de Alma são autobiográficos e através deles conhecemos uma mulher com alma de anjo, ou de ninfa, ou de demônio. Uma Alma livre presa em um corpo físico que a limitava.
Agora Alma está livre e Lúcia nos presenteia com seu legado.
Querem saber mais sobre Alma e Lúcia? Cliquem aqui: O Espaço da Irmã da Alma ou aqui: Sonetos de Mistérios de Alma Welt ou, simplesmente, procurem no google por Alma Welt.
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